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LUXAÇÃO RECIDIVANTE DO OMBRO

A articulação do ombro possui a maior amplitude de movimento do corpo humano. Ao contrário do quadril, ela não possui um componente ósseo profundo que garante sua estabilidade. Às custas de uma grande amplitude de movimento, o ombro torna-se uma articulação potencialmente instável, sujeita a luxações (deslocamentos ou perda da congruência articular). Tanto que é a articulação mais frequentemente luxada, respondendo por, aproximadamente, 45% dos casos de luxação no corpo humano.

            Além do componente ósseo, a articulação gleno-umeral (ombro) conta com outros pilares de estabilização, tanto mecânicos (labrum glenoidal, cápsula articular, ligamentos gleno-umerais) quanto dinâmicos (músculos e tendões do manguito rotador, deltóide, peitoral maior).

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            Instabilidade é definida como a incapacidade de a cabeça umeral se manter centrada com a glenóide (a cabeça do úmero escorrega para fora da glenóide). Ela pode ser parcial (subluxação) ou total (luxação). Quando a luxação ocorre, geralmente ela não se reduz espontaneamente, causando um quadro de dor muito grande e grande impotência funcional, levando o paciente a procurar os serviços de Pronto-Atendimento.

            Geralmente, a instabilidade do ombro acomete paciente jovens (por volta dos 20-30 anos de idade) relacionados à prática esportiva e/ou após evento traumático (queda ao solo, acidente automotor). Nesses casos, existe uma grande probabilidade (90%) de o quadro acontecer novamente, ou seja, tornar-se recidivante (recorrente).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Outro espectro da instabilidade são as atraumáticas, que ocorrem devido a alterações próprias individuais de cada paciente, com a frouxidão ligamentar, lesões neurológicas (plexo braquial, AVC, distrofias musculares) e doenças congênitas (síndrome de Ehlers-Danlos). Essa diferenciação entre esses tipos de pacientes é fundamental para a definição do tratamento: enquanto paciente jovens, ativos com primeiro episódio traumático e unidirecional, geralmente, requerem tratamento cirúrgico, pacientes com instabilidade atraumática, multidirecional, geralmente, não necessitam de procedimentos cirúrgicos.

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